SABUGO, adj. Diz-se do indivíduo bajulador, engrossador, capacho.

SACUDIDO, adj. Forte, valente, destro, destorcido, trabalhador, decidido, disposto, perito em alguma coisa.

SALADEIRO, s. O mesmo que charqueada.

SALAMANCA, s. Gruta, furna ou caverna encantada.

SALEIRO, s. Cocho, ou local, onde se deposita o sal para o gado.

SALAMANQUEIRO, s. Prestidigitador, ilusionista.

SALGO, s. Diz-se do cavalo que tem um ou ambos os olhos brancos; sapiroca. Var. sargo e zargo.

SALINO, adj. Diz-se do animal vacum, às vezes também do cavalar, de pelo salpicado de pintas brancas, vermelhas ou pretas.

SALSEIRO, s. Conflito, briga, peleia, rolo, desordem, balbúrdia, barulho, charivari.

SAMBIQUIRA, s. Uropígio; sobrecu. Titela de galinha. || Fig. Traseiro, nádegas, recavém. O mesmo que sambiqueira sumbiquira.

SAMPAR, v. Arremessar, atirar, lançar, assentar, chimpar, pespegar.

SANGA, s. Pequeno curso d’água, menor que um regato ou arroio. Ribeiro pequeno que seca facilmente.

SANGRADOURO, s. Lugar no lado direito no peito da rês, junto ao pescoço, onde se introduz a faca para matá-la.

SANGRAR, v. Introduzir a faca no sangradouro da rês para matá-la.

SANGUERA, s. Grande quantidade de sangue, sangueira.

SANTA-FÉ, s. Planta da família das gramíneas, de folhas longas, finas e ásperas, muito empregada em quinchas ou coberturas de ranchos ou de carretas.

SANTAFEZAL, s. Terreno onde cresce em abundância a gramínea chamada santa-fé.

SANTA-LUZIA, s. Palmatória (a palmatória tinha, comumente, na sua parte circular, cinco orifícios dispostos em cruz, os “olhos da santa-luzia”, a que se refere Simões Lopes Neto).

SANTO-ANTONINHO-ONDE-TE-POREI, s. Pessoa muito querida, muito mimada. O mesmo que santantoninho.

SÃO PEDRO, s. Antiga denominação do Estado do Rio Grande do Sul. || O santo considerado o padroeiro do Rio Grande do Sul.

SAPECA, s. Sova, tunda, surra, sumanta, descompostura; viagem louca ou estafante.

SAPECADA, s. Ato de assar pinhões em fogueiras de grimpas, ou seja, folhas de pinheiros, já secas. || Ação de sapecar. || Surra.

SAPECAR, v. Surrar de leve.

SARANDI, s. Terra maninha, estéril, não aproveitável para o cultivo. || Arbusto que ocorre nas margens dos rios, do RS ao Uruguai.

SARANDIZAL, s. Terreno coberto de sarandis.

SARAPANTADO, adj. Medroso, assustado.

SARNAGEM, s. Sarna, ronha dos animais cavalares.

SEDEIRA, s. Peça de couro com uns quinze centímetros de comprimento, com uma ponta presa à argola grande do travessão, e na outra ponta uma argola que serve para apresilhar o laço. Parte do buçal em que fica a argola de prender a presilha do cabresto. (Var. Cedeira).

SEIO DE LAÇO, s. Curva ou seio formado pelo laço, apresilhado à cincha em uma extremidade e, noutra, preso ao animal laçado, ou ainda, preso à cincha de dois cavalos que correm paralelamente.

SEIÚDA, adj. Diz-se da mulher que possui seios muito grandes.

SELIM, s. Sela própria para uso da mulher.

SEMOSTRADEIRA, adj. Diz-se da moça que gosta de aparecer, de se mostrar, de chamar a atenção. Moça exibida, de pouco recato.

SENTAR, v. Parar bruscamente, estacar o cavalo, quando vai a galope.

SEQUILHO, s. Rosquinha de farinha de trigo, seca, revestida de açúcar cristalizado.

SERENO, s. Assistência externa de um baile. O mesmo que mosquiteiro.

SERIGOTE, s. Espécie de lombilho, com pequenas diferenças na cabeça e nos bastos.

SERRA, s. Mato estreito e comprido, em terreno acidentado, que acompanha as duas margens dos rios.

SERRANA, s. Baile campestre, modalidade de fandango.

SESMARIA, s. Sesmaria de campo. Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja, 3 x 6.600m2, o que equivale a 130.680.000m2, ou 13.068 hectares. São 3.000 por 9.000 braças, ou 6.600m por 19.800m (3.000 x 2,20m X 9.000 x 2,20m).

SESMEIRO, s. Dono de sesmaria.

SESTEADA, s. Sesta, ato de sestear.

SESTEAR, v. Dormir a sesta. Descansar após o almoço.

SETE-EM-PORTA, s. Jogo de cartas, variante do monte.

SIA, pron. Senhora.

SINUELO, s. Animal, ou ponta de animais mansos ou habituados a serem conduzidos. São utilizados para juntar aos xucros, com a finalidade de acalmá-los e levá-los, em sua companhia, para onde se deseja. || Campainha que se coloca no pescoço da égua madrinha. 

SÍTIO, s. Pequena propriedade rural; fazenda de dimensões reduzidas.

SOALHEIRA, s. A luz e o calor mais intensos do sol. A hora do maior brilho e calor do sol.

SOBREANO, adj. Diz-se da rês com mais de um ano de idade e menos de dois.

SOBRECINCHA, s. Peça de dois arreios, constituída de tira de couro ou sola, utilizada para apertar os pelegos ao lombilho.

SOCADO, s. Lombilho curto e reforçado, de cabeça alta, feita geralmente de couro cru, usado para doma ou para arrastar peso na cincha. ||adj. Indivíduo baixo, porém espadaúdo e forte.

SOCAVA, s. Cova subterrânea.

SOCAVÃO, s. Grande socava. Lapa, gruta. Esconderijo, abrigo, lugar retirado.

SOFLAGRANTE, s. Momento, ocasião, flagrante.

SOFRENAÇO, s. Puxão forte nas rédeas para fazer o cavalo parar ou recuar.

SOFRENAR, v. Conter com rudeza o animal. Sofrear.

SOGA, s. Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou, ainda, de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar. || Corda de couro torcido ou trançado, que liga entre si as pedras das boleadeiras. || O termo é usado também em sentido figurado.

SOLAIS, s. Parte do morro, serra ou rocha onde começa a inclinação para o declive. Recosta.

SOLFERIM, adj. De cor escarlate, ou entre escarlate e roxo.

SOLITO, adj. Só, isolado, sozinho, sem companhia.

SOLO, s. Jogo de cartas de origem espanhola, a três parceiros, denominados mãocentro , podendo ter mais um, o carancho, que não joga, apenas distribui as cartas, em número de doze para cada jogador. || Só, sozinho.

SOQUETE, s. Cozido de ossos com pouca carne. Carne cozida. Cozido com pirão.

SORRO, s. Graxaim. O mesmo que zorro. || Adj. Em sentido figurado, manhoso, dissimulado, astuto, matreiro.

SORRO MANSO, s. adj. Indivíduo falso, com aparência de bom, mas pérfido no fundo.

SOTRETA, s. e adj. Indivíduo desprezível, tolo, covarde, vil, ruim, ordinário, velhaco, de pouco mérito. || Cavalo ruim, arisco, matreiro, sendeiro. || Coisa sem valor, imprestável.

SOVADOR, s. Mordaça. Aparelho para sovar ou amaciar tiras de couro. É um pedaço de madeira, de forma cilíndrica, com uns 50cm de comprido e uns 10cm de diâmetro, e fendido longitudinalmente até cerca de 2/3 da sua extensão. Pela fenda se passa o couro para sová-lo.

SOVAR, v. Amaciar, tornar flexível o couro cru para o preparo do arreamento campeiro. || Dar ao cavalo muito trabalho, montando-o por longos períodos durante vários dias consecutivos.

SOVÉU, s. Laço grosseiro e muito forte, feito com duas ou três tiras de couro torcidas.

SUÇUARANA, s. Puma, leão baio.

SUMANTA, s. Sova, surra, tunda, sapeca.

SUMIDOURO, s. Atoleiro profundo.

SURO, s. Rabão, sem cauda.

SURUNGO, s. Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço. O mesmo que sorongo sorungo.

SUSPENDER, v. Roubar, furtar, raptar.

Fonte:colafinaecascagrossa


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Equipe Tête-à-Tête