Mãe, por Mário Quintana
Por acaso, surpreendo-me no espelho:Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)Parece meu velho pai - que já morreu! (...)Nosso olhar duro interroga:"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.Lentamente,... Continue lendo →
Da vez primeira em que me assassinaram,Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.Depois, a cada vez que me mataram,Foram levando qualquer coisa minha. Hoje, dos meu cadáveres eu souO mais desnudo, o que não tem mais nada.Arde um toco... Continue lendo →
Mario Quintana ficou conhecido por ser o poeta das coisas simples. Dentro dessa simplicidade, esteve sempre a elementaridade. Por vias irónicas e profundas, nunca deixou de se entretecer através de uma técnica primorosa e venturosa, alcançando feitos de vulto para a... Continue lendo →
Por acaso, surpreendo-me no espelho:Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)Parece meu velho pai - que já morreu! (...)Nosso olhar duro interroga:"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.Lentamente,... Continue lendo →
Se tu me amas, ama-me baixinhoNão o grites de cima dos telhadosDeixa em paz os passarinhosDeixa em paz a mim!Se me queres,enfim,tem de ser bem devagarinho, Amada,que a vida é breve, e o amor mais breve ainda... ... Mário Quintana... Continue lendo →
Quemsabe um diaQuem sabe um seremosQuem sabe um viveremosQuem sabe um morreremos! Quem é queQuem é machoQuem é fêmeaQuem é humano, apenas! Sabe amarSabe de mim e de siSabe de nósSabe ser um! Um diaUm mêsUm anoUm(a) vida! Sentir primeiro,... Continue lendo →
