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MEMÓRIA, DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Amar o perdidodeixa confundidoeste coração. Nada pode o olvidocontra o sem sentidoapelo do Não. As coisas tangíveistornam-se insensíveisà palma da mão Mas as coisas findasmuito mais que lindas,essas ficarão. Até mais! Equipe Tête-à-Tête

MORRER POR TI ERA POUCO

Morrer por ti era pouco.Qualquer grego o fizera.Viver é mais difícil —É esta a minha oferta — Morrer é nada, nemMais. Porém viver importaMorte múltipla — semO Alívio de estar morta Emily Dickinson (1830 - 1886) - Tradução de Augusto... Continue lendo →

DA CHEGADA DO AMOR

Sempre quis um amorque falasseque soubesse o que sentisse. Sempre quis uma amor que elaborasseQue quando dormisseressonasse confiançano sopro do sonoe trouxesse beijono clarão da amanhecice. Sempre quis um amorque coubesse no que me disse. Sempre quis uma meniniceentre menino... Continue lendo →

PORQUE HÁ DESEJO EM MIM

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.Antes, o cotidiano era um pensar alturasBuscando Aquele Outro decantadoSurdo à minha humana ladradura.Visgo e suor, pois nunca se faziam.Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivoTomas-me o corpo. E que descanso me dásDepois... Continue lendo →

AQUELA, DE HILDA HILST

Aflição de ser eu e não ser outra.Aflição de não ser, amor, aquelaQue muitas filhas te deu, casou donzelaE à noite se prepara e se adivinhaObjeto de amor, atenta e bela. Aflição de não ser a grande ilhaQue te retém... Continue lendo →

DEZ CHAMAMENTOS AO AMIGO

POEMA DE HILDA HILST

MOMENTO

poema momento

MULHER FENOMENAL – MAYA ANGELOU (EUA)

Mulher fenomenal. Poema de maya angelou

POEMA DA GARE DE ASTAPOVO

O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anosE foi morrer na gare de Astapovo!Com certeza sentou-se a um velho banco,Um desses velhos bancos lustrosos pelo usoQue existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundoContra uma parede nua...Sentou-se ...e... Continue lendo →

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!não é motivo para não querê-las.Que tristes os caminhos, se não foraa mágica presença das estrelas! ... Mário Quintana (1906-1994) Até mais! Equipe Tête-à-Tête

PENSE MENOS, SINTA MAIS! – RUMI

“A razão é impotente ante o perfume do amor.” “Coloque seus pensamentos para dormir, não os deixe lançar uma sombra sobre a lua em seu coração. Pare de pensar tanto.” “Somente a partir do coração você pode tocar o céu.”... Continue lendo →

A FERIDA É O LOCAL POR ONDE A LUZ LHE ADENTRA

“O que lhe machuca, lhe abençoa. A escuridão é a sua vela.” “Onde há ruína, há esperança de encontrar um tesouro.” “Não tema, nem pragueje. Mantenha o olhar atento em seu machucado. É lá por onde a luz lhe adentra.”... Continue lendo →

QUANDO FOR REALIZAR ALGO, FAÇA COM TODO O SEU CORAÇÃO

“A falta de entusiasmo não lhe permite chegar a maestria. Você está em busca de Deus, mas vive parando em lugares mesquinhos.” “Quando você faz coisas a partir de sua alma, você sente um rio em movimento dentro de você,... Continue lendo →

HÁ ALGO QUE VOCÊ NASCEU PARA FAZER

“Todo mundo foi talhado para um trabalho em particular, e o desejo por esse trabalho foi depositado em cada coração.” “Seja uma lâmpada, um bote salva-vidas, ou uma escada. Ajude a alma de alguém a se curar. Saia de sua... Continue lendo →

É PRECISO MORRER PARA PODER RENASCER

“Bata, e se abrirá a porta. Desapareça, e brilhará como o sol. Caia, que se elevará aos céus. Torne-se nada, e se transformará em tudo.” “Esqueça a segurança. Viva onde você tem medo de viver. Destrua sua reputação. Esqueça a... Continue lendo →

O TESOURO EM SEU INTERIOR É O BEM MAIS VALIOSO

“Você vagueia de sala em sala caçando o colar de diamantes que já se encontra em torno do seu pescoço!” “Você vai de aldeia em aldeia em seu cavalo perguntando a todos: ‘Alguém viu o meu cavalo’?” “Tudo no universo... Continue lendo →

POEMAS MÍSTICOS DE RUMI (3)

– Vem ao jardim na primavera, disseste.– Aqui estão todas as belezas, o vinho e a luz.– Que posso fazer com tudo isso sem ti?– E, se estás aqui, para que preciso disso? ... Rumi (1207-1273) Até mais! Equipe Tête-à-Tête

POEMAS MÍSTICOS DE RUMI (2)

Faltam-te pés para viajar?Viaja dentro de ti mesmo,e reflete, como a mina de rubis,os raios de sol para fora de ti..A viagem conduzirá a teu ser,transmutará teu pó em ouro puro. ... Rumi (1207-1273) Até mais! Equipe Tête-à-Tête

VEM SENTAR-TE COMIGO, LÍDIA, À BEIRA DO RIO

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamosQue a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.(Enlaçemos as mãos). Depois pensemos, crianças adultas, que a vidaPassa e não fica, nada deixa e nunca regressa,Vai... Continue lendo →

TRANSFIGURAÇÃO – MIGUEL TORGA

Tens agoraoutro rosto, outra beleza:Um rosto que é preciso imaginar,E uma beleza mais furtiva ainda...Assim te modelaram caprichosas,Mãos irreais que tornam irrealO barro que nos foge da retina.Barro que em ti passou de luz carnalA bruma feminina... Mas nesse novo... Continue lendo →

PÁTRIA MINHA – VINÍCIUS DE MORAES

A minha pátria é como se não fosse, é íntimaDoçura e vontade de chorar; uma criança dormindoÉ minha pátria. Por isso, no exílioAssistindo dormir meu filhoChoro de saudades de minha pátria. Se me perguntarem o que é a minha pátria,... Continue lendo →

LIMITES DO AMOR

Condenado estou a te amarnos meus limitesaté que exausta e mais querendoum amor total, livre das cercas,te despeça de mim, sofrida,na direção de outro amorque pensas ser total e total serános seus limites da vida. O amor não se medepela... Continue lendo →

O REGRESSO

Como quem, vindo de países distantes fora de si,chega finalmente aonde sempre esteve e encontra tudo no seu lugar, o passado no passado, o presente no presente, assim chega o viajante à tardia idade em que se confundem ele e... Continue lendo →

GUERRA CIVIL

E contra mim que lutoNão tenho outro inimigo.O que pensoO que sintoO que digoE o que façoE que pede castigoE desespera a lança no meu braço Absurda aliançaDe criançaE de adulto.O que sou é um insultoAo que não souE combato... Continue lendo →

A UM(A) AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,tenho razão de te acusar.Houve um pacto implícito que rompestee sem te despedires foste embora.Detonaste o pacto.Detonaste a vida geral, a comum aquiescênciade viver e explorar os rumos de obscuridadesem prazo sem consulta sem provocaçãoaté o... Continue lendo →

SEGUE O TEU DESTINO, DE PESSOA

Segue o teu destino,Rega as tuas plantas,Ama as tuas rosas.O resto é a sombraDe árvores alheias.A realidadeSempre é mais ou menosDo que nós queremos.Só nós somos sempreIguais a nós-próprios.Suave é viversó.Grande e nobre é sempreViver simplesmente.Deixa a dor nas arasComo... Continue lendo →

O AMOR, QUANDO SE REVELA – PESSOA

O amor, quando se revela,Não se sabe revelar.Sabe bem olhar p'ra ela,Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que senteNão sabe o que há-de dizer.Fala: parece que mente...Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse,Se pudesse ouvir o... Continue lendo →

QUANDO AS CRIANÇAS BRINCAM, DE PESSOA

Quando as crianças brincamE eu as ouço brincar,Qualquer coisa em minha almaComeça a se alegrar E toda aquela infânciaQue não tive me vem,Numa onda de alegriaQue não foi de ninguém. Se quem fui é enigma,E quem serei visão,Quem sou ao... Continue lendo →

A QUEDA DA CASA DE USHER – EDGAR ALLA POE

“Durante todo um dia pesado, escuro e mudo de outono, em que nuvens baixas amontoavam-se opressivamente no céu, eu percorri a cavalo um trecho de campo singularmente triste, e finalmente me encontrei, quando as sombras da noite se avizinhavam, à... Continue lendo →

QUASE UM POEMA DE AMOR

Há muito tempo já que não escrevo um poemaDe amor.E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!A nossa naturezaLusitanaTem essa humanaGraçaFeiticeiraDe tornar de cristalA mais sentimentalE baçaBebedeira. Mas ou seja que vou envelhecendoE ninguém me deseje apaixonado,Ou que... Continue lendo →

O AMOR

é o amorO amor é o amor -e depois?!Vamos ficar os doisa imaginar,a imaginar?... O meu peito contra o teu peito,cortando o mar,cortando o ar.Num leitohá todo o espaço para amar! Na nossa carne estamossem destino,sem medo,sem pudor,e trocamos -somos... Continue lendo →

CONFIANÇA

O que é bonito neste mundo, e anima,É ver que na vindimaDe cada sonhoFica a cepa a sonhar outra aventura...E que a doçuraQue se não provaSe transfiguraNuma doçuraMuito mais puraE muito mais nova... ... Miguel Torga (1907-1995) Até mais! Equipe... Continue lendo →

SÚPLICA

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,E que nele posso navegar sem rumo,Não respondasÀs urgentes perguntasQue te fiz.Deixa-me ser felizAssim,Já tão longe de ti como de mim. Perde-se a vida a desejá-la tanto.Só soubemos sofrer, enquantoO nosso amorDurou.Mas... Continue lendo →

ANNABEL LEE – EDGAR ALLAN POE

For the moon never beams, without bringing me dreams   Of the beautiful Annabel Lee;And the stars never rise, but I feel the bright eyes   Of the beautiful Annabel Lee;And so, all the night-tide, I lie down by the side   Of... Continue lendo →

SENTIMENTAL – DRUMMOND

Ponho-me a escrever teu nomecom letras de macarrão.No prato, a sopa esfria, cheia de escamase debruçados na mesa todos contemplamesse romântico trabalho.Desgraçadamente falta uma letra,uma letra somentepara acabar teu nome!- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!Eu estava sonhando...E há... Continue lendo →

TEMPO DE IPÊ – DRUMMOND

Não quero saber de IPM, quero saber de IP.O M que se acrescentar não será militar,será de Maravilha.Estou abençoando a terra pela alegria do ipê.Mesmo roxo, o ipê me transporta ao círculo da alegria,onde encontro, dadivoso, o ipê-amarelo.Este me dá... Continue lendo →

NÃO SE MATE – DRUMMOND

Carlos, sossegue, o amoré isso que você está vendo:hoje beija, amanhã não beija,depois de amanhã é domingoe segunda-feira ninguém sabeo que será.Inútil você resistirou mesmo suicidar-se.Não se mate, oh não se mate,Reserve-se todo paraas bodas que ninguém sabequando virão,se é... Continue lendo →

MEMÓRIA – DRUMMOND

Amar o perdidodeixa confundidoeste coração.Nada pode o olvidocontra o sem sentidoapelo do Não.As coisas tangíveistornam-se insensíveisà palma da mãoMas as coisas findasmuito mais que lindas,essas ficarão. Em "Memória", o sujeito poético confessa que está confuso e magoado por amar aquilo... Continue lendo →

O DEUS DE CADA HOMEM – DRUMMOND

Quando digo “meu Deus”,afirmo a propriedade.Há mil deuses pessoaisem nichos da cidade.Quando digo “meu Deus”,crio cumplicidade.Mais fraco, sou mais fortedo que a desirmandade.Quando digo “meu Deus”,grito minha orfandade.O rei que me ofereçorouba-me a liberdade.Quando digo “meu Deus”,choro minha ansiedade.Não sei... Continue lendo →

CANÇÃO FINAL – DRUMMOND

Oh! se te amei, e quanto!Mas não foi tanto assim.Até os deuses claudicamem nugas de aritmética.Meço o passado com réguade exagerar as distâncias.Tudo tão triste, e o mais tristeé não ter tristeza alguma.É não venerar os códigosde acasalar e sofrer.É... Continue lendo →

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