Publicado em 1890, O Cortiço é uma das obras mais representativas do Naturalismo brasileiro. Escrito por Aluísio Azevedo, o romance retrata a vida em um cortiço carioca, abordando questões sociais, econômicas e morais que permeavam a sociedade brasileira do final do século XIX. Com personagens intensamente marcados pelo meio em que vivem, a obra é um estudo detalhado das condições humanas em ambientes degradados e explora temas como pobreza, desigualdade e instintos primitivos.
O movimento literário e artístico conhecido como Naturalismo surgiu no final do século XIX, principalmente como uma extensão do Realismo, mas com características mais intensas e científicas. Ele surgiu em meio a uma atmosfera de grande excitação pela ciência, influenciada pelas ideias de Charles Darwin e pelo conceito de seleção natural. Esse movimento buscava retratar o ser humano e a sociedade com uma objetividade quase científica, mostrando o impacto do ambiente, da genética e das situações socioeconômicas sobre o comportamento humano.
O Realismo foi um movimento artístico e literário que se desenvolveu na Europa no século XIX, principalmente na França, como uma ocorrência contra o idealismo e o escapismo do Romantismo. Os artistas e escritores realistas buscavam representar a realidade de maneira fiel e objetiva, focando nas condições sociais, econômicas e políticas da vida cotidiana. No Realismo, há uma forte intenção de retratar o mundo como ele realmente é, sem idealizações, e de expor problemas sociais, políticos e morais da época.
