Desde que tudo me cansa,Comecei eu a viver.Comecei a viver sem esperança...E venha a morte quandoDeus quiser. Dantes, ou muito ou pouco,Sempre esperara:Às vezes, tanto, que o meu sonho loucoVoava das estrelas à mais rara;Outras, tão pouco,Que ninguém mais com... Continue lendo →
O Fado nasceu um dia,quando o vento mal buliae o céu o mar prolongava,na amurada dum veleiro,no peito dum marinheiroque, estando triste, cantava,que, estando triste, cantava. Ai, que lindeza tamanha,meu chão, meu monte, meu vale,de folhas, flores, frutas de oiro,vê... Continue lendo →
José Régio notabilizou-se como um dos nomes sonantes da cultura portuguesa do século XX. Para além de autor e poeta, compôs peças, contos, ensaios, crónicas, esporádicas pinturas e possuiu a sua própria coleção de arte, especialmente de tipos sacra e... Continue lendo →
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos docesEstendendo-me os braços, e segurosDe que seria bom que eu os ouvisseQuando me dizem: "vem por aqui!"Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)E cruzo os braços,E nunca... Continue lendo →
Sim, foi por mim que gritei.Declamei,Atirei frases em volta.Cego de angústia e de revolta. Foi em meu nome que fiz,A carvão, a sangue, a giz,Sátiras e epigramas nas paredesQue não vi serem necessárias e vós vedes. Foi quando compreendiQue nada... Continue lendo →
Desde que tudo me cansa,Comecei eu a viver.Comecei a viver sem esperança...E venha a morte quandoDeus quiser. Dantes, ou muito ou pouco,Sempre esperara:Às vezes, tanto, que o meu sonho loucoVoava das estrelas à mais rara;Outras, tão pouco,Que ninguém mais com... Continue lendo →
Sim, foi por mim que gritei.Declamei,Atirei frases em volta.Cego de angústia e de revolta. Foi em meu nome que fiz,A carvão, a sangue, a giz,Sátiras e epigramas nas paredesQue não vi serem necessárias e vós vedes. Foi quando compreendiQue nada... Continue lendo →
Não me peças palavras, nem baladas,Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,Deixa cair as pálpebras pesadas,E entre os seios me apertes sem receio. Na tua boca sob a minha, ao meio,Nossas línguas se busquem, desvairadas...E que os meus flancos nus vibrem... Continue lendo →
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos docesEstendendo-me os braços, e segurosDe que seria bom que eu os ouvisseQuando me dizem: "vem por aqui!"Eu olho-os com olhos lassos,(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)E cruzo os braços,E nunca... Continue lendo →
